Tuesday, October 10, 2006

Verso Quarto

Levanta-se o silencio.

Navego, só, por entre um mar de gente.
Rostos opacos, olhos mortos. São vidas mundanas de gentes iguais.
Podera sentir-me o ponto de cor neste filme a preto e branco, onde apenas as folhas secas, presas num remoinho, parecem divertir-se.
Ainda monocromo, sinto vida.

Fecho os olhos, e o vazio já se viu mais longe.

Estranhamente, o inóspito faz sentido.
Estranhamente, o vazio trás conforto.

O dia começa a tornar outro rumo.